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O que é o Núcleo de Segurança do Paciente – NSP?
Garantir a segurança e a dignidade do paciente é fundamental para que se tenha um serviço de qualidade alinhado às boas práticas da área de saúde. Diversos países no mundo, como a Austrália, Chile, Finlândia, EUA e África do Sul possuem algum mecanismo com o propósito de melhorar a saúde e a segurança do paciente através da redução de possibilidade de ocorrência de eventos adversos.
Segundo a RDC Nº36/2013, o NSP é: “Instância do serviço de saúde criada para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à segurança do paciente”, é uma ferramenta extremamente importante e primordial para a qualidade das atividades, além de ser obrigatória no território nacional para todos os serviços de atenção a saúde.
A sua função é integrar e ser ponto de encontro dos diferentes setores que trabalham com riscos dentro da instituição, promovendo a articulação em todos os processos e informações que sejam relevantes na manutenção da segurança do paciente, desde sua chegada até sua alta clínica. Também é de sua competência elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de Segurança do Paciente em Serviço de Saúde (PSP), além de promover mecanismos de identificação de não conformidades em processos e procedimentos realizados.
Para isso, é necessário a melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde: Ter a disposição da equipe boas condições de trabalho, oferecer treinamentos constantes, evitando falhas de uso que possam acarretar em risco ao paciente e principalmente disseminar sistematicamente a cultura de segurança, através de palestras, banners, folders, exposições e trabalhos científicos da própria equipe.
No Núcleo de Segurança do Paciente nós temos:
– Documento interno com ata de nomeação.
– Membros graduados – Autoridade, responsabilidade e poder para executar as ações.
– Protocolos de segurança.
– Ferramenta interna de notificação de eventos adversos.
Não são apenas os hospitais que devem ter NPS. Eles devem estar presentes nos serviços de saúde públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, inclusive aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. Assim, clinicas e serviços especializados de diagnóstico e tratamento devem possuir NSP como serviços de diálise, endoscopia, radiodiagnóstico, medicina nuclear, radioterapia, entre outros.
A direção do serviço de saúde é a responsável pela nomeação e estruturação do NSP, conferindo aos seus membros, autoridade, responsabilidade e poder para executar as ações do Plano de Segurança do Paciente (PSP).
Você vem realizando testes de segurança elétrica em seus equipamentos?
Os equipamentos médico-hospitalares alimentados por eletricidade trazem consigo um eventual risco de vazamento de corrente indesejada para o paciente e profissionais de saúde.
O choque elétrico é a reação do organismo à passagem da corrente elétrica podendo trazer como efeitos fisiológicos desde sensação de cócegas e formigamento à morte.
A normalização vigente no Brasil para segurança de equipamentos eletro-médicos são as normas NBR IEC 60601 e IEC 62353.
Para garantia de segurança elétrica, podem-se citar como principais fatores a rede elétrica, a conformidade do equipamento com as normas de segurança elétrica, com a regularidade dos testes assim como treinamento dos operadores.
Para realização desse teste, é utilizado um analisador de segurança elétrica que siga as normas de segurança elétrica vigentes para avaliação quantitativa como os testes básicos de medição de resistência do fio de aterramento e medição do isolamento do chassis e do fio/contato do paciente. Para análise qualitativa, a inspeção visual dos cabos, plugues e conectores são de extrema importância.
Os equipamentos têm, para análise de segurança elétrica, diversas classificações conforme a classe do equipamento e o tipo de suas partes aplicadas, que determinam respectivamente o tipo e o grau de proteção contra choque elétrico. Quanto ao tipo de proteção contra choque elétrico, o equipamento pode ser energizado internamente ou por fonte de alimentação externa.
Para equipamentos energizados por fonte de alimentação externa, há a diferenciação abaixo:
Classe I – Peça ativa coberta por isolamento básico e aterramento de proteção
Classe II – Peça ativa coberta por isolamento duplo ou reforçado
Para equipamentos energizados internamente, apenas há a Classe IP.
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Em relação ao grau de proteção contra choque elétrico, as partes aplicadas podem ser do tipo B, BF e CF.
Tipo B – Peça aplicada no paciente aterrada
Tipo BF – Peça aplicada no paciente fluindo (condutor de superfície)
Tipo CF – Peça aplicada no paciente fluindo para uso em contato direto com o coração
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Após essa análise inicial, que deve conter no manual e carcaça do equipamento, onde são determinados assim os parâmetros aceitáveis, o teste se inicia para avaliação da resistência ao aterramento de proteção e também das correntes de fuga e corrente auxiliar através do paciente. Especificamente:
- Corrente de vazamento do aterramento
- Corrente de toque/ do chassi
- Corrente de vazamento do paciente
- Corrente auxiliar do paciente
- Corrente de vazamento de MAP (Mains on Applied Part – Eletricidade aplicada na peça)
- O equipamento testado tem seu cabo de força conectado ao analisador, além de ponteiras de prova que são alocadas nos locais específicos para cada um dos testes.
Segundo a IEC 62353, os testes devem seguir uma ordem, como mostra o fluxograma acima, e isso deve ser atentado para realização manual dos testes com o analisador. Muitos analisadores acompanham um software que permite que o executor siga a ordem requisitada, além como um passo a passo das aplicações das ponteiras, diminuindo assim a chance de erro.
Para operar o analisador, a equipe deve ser treinada e habilitada, garantindo a confiabilidade do teste além da proteção da própria equipe. Para saber mais e consultar nossas soluções, entre em contato com a Gigavida.
Programa Jovem Técnico MV abre inscrições em Recife
Estão abertas as inscrições para o Programa Jovem Técnico MV em Recife (PE), iniciativa que busca capacitar jovens que possuem vontade e compromisso para transformar seu futuro por meio da capacitação profissional. Foram disponibilizadas 50 vagas para pessoas entre 18 e 25 anos, com renda familiar baixa, Ensino Médio completo, Superior em andamento ou que concluíram a universidade no último ano e não conseguiram oportunidades no mercado de trabalho, para ocupar cargos de Desenvolvedor 1 na MV. Os critérios que serão avaliados durante a seleção são: avaliação socioeconômica, disponibilidade de horário, pontuação nos testes realizados, grau de interesse e fluência verbal , além de avaliação de competências. O cadastramento é gratuito e pode ser realizado até 2 de novembro. Basta clicar no botão abaixo e preencher o formulário.
Com duração de dois meses, o Programa Jovem Técnico MV, contará com capacitação comportamental, conteúdos de lógica de programação, orientação a objeto, qualidade de software, SQL, PL/SQL e tecnologias, como, por exemplo, Java Web. O diferencial é que os 50 selecionados para o curso já terão as carteiras assinadas.
O Programa Jovem Técnico é uma parceria entre a Rede Cidadã e a MV, empresa líder de mercado em sistemas de gestão para saúde. As aulas serão ministradas por voluntários da MV em sua sede, na Imbiribeira, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Fonte: Rede Cidadã.
Inscrições aqui.
Equipamentos eletrocirurgicos: riscos e cuidados necessários
A eletrocirurgia é uma prática vivenciada rotineiramente no Centro Cirúrgico. Ela faz a corrente elétrica passar pelo corpo gerando calor pela resistência tecidual.
O desenvolvimento da eletrocirurgia passou por diversas fases e descobertas variadas. Entretanto, apesar da redução de riscos com o avanço tecnológico, as queimaduras elétricas consistem em lesões que podem acometer o paciente no intra-operatório. As complicações associadas à eletrocirurgia podem ocorrer secundária ao trauma térmico através de três causas básicas:
- Não intencional ou de uso inapropriado do eletrodo ativo.
- Corrente divergente que assume um caminho indesejável causando um dano fora do campo operatório.
- Trauma térmico indesejável no eletrodo de dispersão (placa) também chamado de dano tecidual de retorno.
No sistema monopolar, através do eletrodo denominado ativo a energia irá entrar no corpo do paciente. A placa neutro – eletrodo dispersivo – é colocada no paciente, de modo que a corrente elétrica irá sair do gerador de energia, por meio do eletrodo ativo, através do tecido biológico alvo, e retornará por meio da placa neutro.
“As principais causas de danos aos pacientes que são submetidos a procedimentos cirúrgicos com o uso de unidade eletrocirúrgica, ocorrem por falha de isolamento no equipamento e/ou acoplamento capacitivo [8]. Durante a eletrocirurgia, o eletrodo de retorno é sempre exigido para recuperar com segurança a corrente que flui pelo corpo do paciente e retorna ao equipamento. A redução da área de superfície de contato ou uma condutividade falha entre o paciente e a placa de retorno do paciente podem causar um aumento na densidade de corrente, acarretando consequentemente queimaduras no local onde o eletrodo de retorno está posicionado. ” [1]
CUIDADOS:
A eletrocirurgia monopolar necessita de um bom contato elétrico entre uma grande área do corpo com o eletrodo dispersivo de retorno (placa neutro). E vários cuidados precisam ser tomados para garantir a segurança desse procedimento.
“A aplicação inadequada do eletrodo de retorno pode levar a queimaduras em diferentes pontos de união do eletrodo. Portanto, a compreensão dos diferentes tipos de tecnologia, bem como seu uso adequado deve ser uma constante busca de informações por parte dos profissionais da área.” [2]
O principal meio de se evitar acidentes deste tipo é manter os profissionais envolvidos no processo em constante atualização e treinamento. Abaixo iremos exemplificar o protocolo desenvolvido pela UNIFESP para cuidados desde o posicionamento do cliente até o pós-operatório:
Outro cuidado importante é ter um bom cronograma de manutenção preventiva, realizando o teste de segurança elétrica do equipamento. Entre em contato conosco para saber mais sobre nossos planos de manutenção.
Fontes:
[1][2] “RISCOS E CAUSAS DE QUEIMADURAS EM PACIENTES QUANDO SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS COM O USO DE UNIDADE ELETROCIRÚRGICA”
T. Cruz*, L. R. F. Ribeiro*, B. F. De S. Lima*, D. M. Pereira*, M. A. B. Rodrigues*
A importância da água destilada para os equipamentos de esterilização
Durante os processos de esterilização pode surgir a dúvida: Por que usar água destilada e não usar água potável?
A recomendação em se optar sempre pela destilada é para evitar a formação de depósitos de sais, óxidos e cloretos contidos na água potável, que juntamente com o desequilíbrio do PH podem deteriorar o instrumental durante o processo de limpeza. Ao longo do tempo de uso, eles formarão crostas de precipitados minerais não elimináveis sobre as resistências, bem como a corrosão do assoalho da autoclave.
Isso irá reduzir a vida útil tanto do equipamento quanto dos instrumentais que forem esterilizados.
Mesmo a filtração da água potável não é suficiente para eliminar todos os sais contidos ali, por isso o uso da água pura é imprescindível para garantir a qualidade da esterilização, dos equipamentos e dos instrumentais.
Outro ponto que irá garantir a esterilização e o bom funcionamento de sua autoclave é a manutenção preventiva, que deve ser feita semestralmente. É recomendado que seja feito no laboratório técnico, pois a autoclave contém lã de vidro, que pode se espalhar pela sala de esterilização. No laboratório, ela passará por todos os testes e ciclos necessários para o bom funcionamento.
Na Gigavida você pode fazer um plano de manutenção preventiva com baixo custo.