Equipamentos eletrocirurgicos: riscos e cuidados necessários

A eletrocirurgia é uma prática vivenciada rotineiramente no Centro Cirúrgico. Ela faz a corrente elétrica passar pelo corpo gerando calor pela resistência tecidual.

O desenvolvimento da eletrocirurgia passou por diversas fases e descobertas variadas. Entretanto, apesar da redução de riscos com o avanço tecnológico, as queimaduras elétricas consistem em lesões que podem acometer o paciente no intra-operatório. As complicações associadas à eletrocirurgia podem ocorrer secundária ao trauma térmico através de três causas básicas:

  • Não intencional ou de uso inapropriado do eletrodo ativo.
  • Corrente divergente que assume um caminho indesejável causando um dano fora do campo operatório.
  • Trauma térmico indesejável no eletrodo de dispersão (placa) também chamado de dano tecidual de retorno.

No sistema monopolar, através do eletrodo denominado ativo a energia irá entrar no corpo do paciente. A placa neutro – eletrodo dispersivo – é colocada no paciente, de modo que a corrente elétrica irá sair do gerador de energia, por meio do eletrodo ativo, através do tecido biológico alvo, e retornará por meio da placa neutro.

“As principais causas de danos aos pacientes que são submetidos a procedimentos cirúrgicos com o uso de unidade eletrocirúrgica, ocorrem por falha de isolamento no equipamento e/ou acoplamento capacitivo [8]. Durante a eletrocirurgia, o eletrodo de retorno é sempre exigido para recuperar com segurança a corrente que flui pelo corpo do paciente e retorna ao equipamento. A redução da área de superfície de contato ou uma condutividade falha entre o paciente e a placa de retorno do paciente podem causar um aumento na densidade de corrente, acarretando consequentemente queimaduras no local onde o eletrodo de retorno está posicionado. ” [1]

CUIDADOS:

A eletrocirurgia monopolar necessita de um bom contato elétrico entre uma grande área do corpo com o eletrodo dispersivo de retorno (placa neutro). E vários cuidados precisam ser tomados para garantir a segurança desse procedimento.

“A aplicação inadequada do eletrodo de retorno pode levar a queimaduras em diferentes pontos de união do eletrodo. Portanto, a compreensão dos diferentes tipos de tecnologia, bem como seu uso adequado deve ser uma constante busca de informações por parte dos profissionais da área.” [2]

O principal meio de se evitar acidentes deste tipo é manter os profissionais envolvidos no processo em constante atualização e treinamento. Abaixo iremos exemplificar o protocolo desenvolvido pela UNIFESP para cuidados desde o posicionamento do cliente até o pós-operatório:

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Outro cuidado importante é ter um bom cronograma de manutenção preventiva, realizando o teste de segurança elétrica do equipamento. Entre em contato conosco para saber mais sobre nossos planos de manutenção.

Fontes:

[1][2] “RISCOS E CAUSAS DE QUEIMADURAS EM PACIENTES QUANDO SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS COM O USO DE UNIDADE ELETROCIRÚRGICA”
T. Cruz*, L. R. F. Ribeiro*, B. F. De S. Lima*, D. M. Pereira*, M. A. B. Rodrigues*

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